A Castanha

Há muitos anos atrás os nossos antepassados descobriram a castanha.

Supõem-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso, acompanhando a história da civilização ocidental.
Tal como o pistácio, a castanha constituiu um importante contributo calórico ao homem, principalmente na pré-historia, a castanha foi também adicionada na alimentação dos animais.

 O castanheiro manteve-se sempre associado à sobrevivência das populações rurais, no entanto hoje em dia já não serve como fonte directa de alimento mas como uma das principais fontes de rendimentos.

A castanha é um Fruto de forma elíptica alongada, de cor castanha avermelhada, muito brilhante, com estrias escuras longitudinais, que é muito fácil de descascar.

A castanha mais plantada na Terra Fria (zona Norte de Portugal, principalmente no distrito de Bragança), é a Longal, no entanto existe também a Judia, a Cota, a Amerelal, a Lamela, a Aveleira, a Boa Ventura, a Trigueira, a Martaínha e a Negral.

A castanha é utilizada para consumo como acompanhamento de pratos

da cozinha regional.. É ainda utilizada sob a forma de farinha para a preparação de sopa ou de pão. Quando transformada, é utilizada como sobremesa ou guloseima. A

Castanha faz parte integrante dos "magustos" que todas as famílias celebram a partir do

Dia de Todos os Santos.

É produzida nos concelhos de alfândega da Fé, Bragança, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Mirandela,

Valpaços, Vimioso e Vinhais. A área de produção cobre cerca de 110 000 hectares, A produção anual é de 5 675 toneladas, distribuídas por 6 675 produtores.

 

Em Alfândega da Fé:

 

Após uma fase de evidente decréscimo na produção de castanha, que se fez sentir desde os anos 50 do século XX, assiste-se desde o início da década de 90 a um período de evidente ressurgimento da importância da castanha no nordeste transmontano, visível tanto nos maiores níveis de produção atingidos como no aumento da área de souto plantada. A produção da castanha é uma actividade estratégica para o nordeste transmontano, contribuindo para a fixação da população e para o incremento de actividades económicas ligadas ao meio rural.

Pela insuficiência da mão-de-obra familiar (da família do proprietário) e na impossibilidade de entreajuda na época de ponta (a colheita ocorre essencialmente entre o mês de Setembro e Novembro), recorre-se frequentemente a pessoal assalariado, sobretudo mulheres.

A colheita constitui o principal encargo com a produção da castanha, e é no custo da mão-de-obra que se perde uma parte considerável do rendimento obtido, o que leva a que familiares próximos dos agricultores guardem uns dias de férias para a época da colheita (mão de obra gratuita).

A produção de castanha do nordeste transmontano dirige-se quase exclusivamente para exportação, sobretudo para França e Espanha. O período de comercialização concentra-se essencialmente entre os meses de Outubro a Janeiro/Fevereiro.